quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ficção ou Realidade: Eu sou Alice


Terminei de ler o primeiro livro da escritora Melanie Benjamim, Eu sou Alice, lançado esse ano pela editora Planeta. A autora se interessou pela verdadeira história de Alice Lidell, a Alice original do País das Maravilhas e escreveu ou melhor, reescreveu um pouco a sua história. O livro é basicamente feito de memórias de uma Alice já senhora, nas quais demonstra o quanto pesou em sua vida o título de uma personagem universal. Melanie Benjamim apesar de ser novata no meio literário, soube mesclar com maestria a ficção e realidade de uma vida cheia de mistérios, fazendo um romance envolvente e muito bom para os amantes da leitura.

Segue abaixo a sinopse oficial do livro:
Sinopse:
Todos conhecem a pequena Alice que um dia caiu na toca de um coelho e entrou no mundo das maravilhas. Mas quem foi Alice Liddell, a menina que aos sete anos inspirou o Sr. Charles Dodgson a criar a história que depois assinou com o pseudônimo Lewis Carroll? Esta Alice de carne e osso está nesse livro. Misturando ficcção e realidade, Eu sou Alice reconstrói deliciosamente não apenas os bastidores da criação do livro Alice no país das maravilhas, mas a vida daquela menina travessa que no século XIX quase se casou com um príncipe de verdade. Sua biografia se mistura com o surgimento do clássico que encanta gerações até hoje. Por toda sua vida, ela carregou o peso de uma realidade que insiste em abafar a poesia.
Alice Liddell tinha sete anos quando posou para uma foto feita pelo Sr. Charles Dodgson. Trajando um simples vestido de babados e  com os pés descalços tocando pela primeira vez a grama da universidade de Oxford, a imaginosa e espevitada menina rolava no chão aos olhos silenciosos do fotógrafo. Alguma coisa naquela cena, porém, incomodava os bons costumes da época. Mas o que as mentes adultas poderiam considerar, mais que um atentado ao pudor, um ato de pedofilia, para a pequena Alice, era apenas o encontro com a mais pura poesia.

*Melanie Benjamin, a autora do livro, se interessou pela história de Alice Liddell quando viu a foto acima em uma exposição em Chicago (Sonhando em Imagens: A Fotografia de Lewis Carroll). Achou  a coleção de retratos pertubadora, pois consistia de imagens de meninas em pose bastante provocantes. A fotografia de Alice deixou-a desconfortável pela vestimenta escassa, exibindo muito de seu corpo e olhos brilhantes, sagazes, conhecedores do mundo, quase desafiadores. Olhos de mulher.
Resolveu escrever sobre as aventuras de Alice depois que deixou o País das Maravilhas. Não é uma biografia, e sim um livro de ficção, baseado em fatos da vida de Alice. A sua infância foi em parte documentada, com exceção da correspondência trocada entre ela e Dodgson, que foi totalmente destruída pela mãe de Alice quando ocorreu o rompimento entre as famílias (ninguém sabe o motivo). Depois da morte de Dodgson, sua família cortou as páginas do seu diário que correspondiam a esse período. Nem Alice nem sua família jamais voltaram a falar publicamente a respeito de Dodgson, a não ser muito mais tarde, perto do final de sua vida, quando ela se viu forçada a vender o manuscrito original de Alice, para salvar a casa que amava.
Bruna Chagas -  acadêmica de Jornalismo FMF e Conselheira da Câmara Amazonense do Livro e Leitura, é Editora-Chefe da Revista Identidade – acadêmica e cultural na UFAM (Letras UFAM) e participa de diversos projetos culturais, promovendo o livro e a leitura.
*Retirado do blog: http://queromoraremumalivraria.blogspot.com

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Lendas nunca morrem...

Michael Jackson nos deixou órfãos em 25 de junho de 2009, mas o que fica hoje para pensarmos são as suas canções que tanto influenciaram e tocaram o coração de milhões de pessoas ao redor do mundo... Sem mais delongas, transcrevo a seguir a música Erth Song, que para mim é uma das mais emocionantes do Rei do Pop.



Canção da Terra

*Michael Jackson

O que virou do nascer do sol?
E a chuva?
O que virou de tudo
Que você disse que iríamos ganhar?
E os campos de extermínio?
Vamos ter uma descanso?
E o que vai virar de tudo
Que você disse que era meu e teu?
Você já parou pra pensar
Sobre todo o sangue derramado?
Já parou pra pensar
Que a Terra, os mares estão chorando?

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

O que fizemos com o mundo?
Olhe o que fizemos
E a paz
Que você prometeu a seu único filho?
O que virou dos campos floridos?
Vamos ter um descanso?
O que virou de todos os sonhos
Que você disse serem teus e meus?
Você já parou pra pensar
Sobre todas as crianças mortas com a guerra?
Você já parou para a notícia
Esta chorando Terra, a sua terra chorando

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

Eu costumava sonhar
Costumava viajar além das estrelas
Agora já não sei onde estamos
Embora saiba que fomos muitos longe

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh

O que vai virar do passado?
(E de nós?)
E os mares?
(E de nós?)
O céu está caindo
(E de nós?)
Não consigo nem respirar
(E de nós?)
E a terra sangrando?
(E de nós?)
Não conseguimos sentir as feridas?
(E de nós?)
E o valor da natureza?
(ooo, ooo)
É o ventre do nosso planeta
(E de nós?)
E os animais?
(E de nós?)
Fizemos de reinados, poeira
(E de nós?)
E os elefantes?
(E de nós?)
Perdemos a confiança deles?
(E de nós?)
E as baleias chorando?
(E de nós?)
Estamos destruindo os mares
(E de nós?)
E as florestas?
(ooo, ooo)
Queimadas, apesar dos apelos
(E de nós?)
E a terra prometida?
(E de nós?)
Rasgada ao meio pelos dogmas
(E de nós?)
E o homem comum?
(E de nós?)
Não podemos libertá-lo?
(E de nós?)
E as crianças chorando?
(E de nós?)
Não consegue ouvi-las chorar?
(E de nós?)
O que fizemos de errado?
(ooo, ooo)
Alguém me fale o porquê
(E de nós?)
E os bebês?
(E de nós?)
E os dias?
(E de nós?)
E toda a alegria?
(E de nós?)
E o homem?
(E de nós?)
O homem chorando?
(E de nós?)
E Abraão?
(E de nós?)
E a morte de novo?
(ooo, ooo)
A gente se importa?

Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh



sábado, 19 de junho de 2010

Melhor Série exibida na Tv americana!!!

Foi publicado essa semana um artigo muito bom, falando de Supernatural nos EUA e o Supernatural is Life postou o artigo traduzido. A jornalista fala muito bem da série e ainda manda um recado para a tubarão NBC...
Posto aqui apenas o primeiro e o último parágrafo do artigo, quem quiser ler o post inteiro, deve acessar o http://supernaturalislife.blogspot.com




Artigo citando Supernatural como uma das melhores séries exibidas na TV americana

Sabe, todo mundo aplaudiu com grande abandono o season ou series finale de Lost, Heroes, Gossip Girl, The Vampire Diaries, V, One Tree Hill, 24, 90210,blah, blah, blah. E quando chegamos a esses tais episódios de "mover a Terra" eles foram apenas isso... blah, mais blah, e um sério blah. Onde estavam nossos mais confiaveis (e mais indecentes) guerreiros da cultura quando se tratou de uma das melhores season finales do ano? Escondidos no armário, Supernatural entregou não apenas  uma das melhores horas na rede de televisões de 2010, mas tem supriu com o mais intelectual e satisfatório, e sim, triste encerramento que qualquer série de terror sci-fi algum dia já exibiu.
 

Com todo respeito a NBC, essa sim é uma série obrigatória de se ver, e vocês "reis jornalistas" por aí que tramaram e ajudaram a criar franquias de porcarias realmente questionáveis (V? Heroes? Sério???) deveriam voltar mais uma vez e deixar seus corações fazerem as escolhas. Qualquer série que possa capturar a intensidade e patologia de dois cosmicamente-destruídos e ferrados irmãos silenciosamente encarando as estrelas sob o capo de seu carro ou de um soldadinho de brinquedo de infância como reviravolta de uma trama que reascende a humanidade perdida de um dos irmãos (não, não é um clichê de Rosebud), merece outra olhadinha, certo?

Adorei!!!!

Fica a dica para quem não conhece Supernatural, a melhor série do mundo!!!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Mundo perde Saramago


O mundo perdeu hoje pela manhã, aos 87 anos, um dos grandes escritores do século XX, José Saramago. Foi grande a comoção mundial e muitas páginas na web em suas principais páginas abordaram artigos sobre o ocorrido.
Antes de passar para a matéria que foi escolhida dentre muitas e acredito que seja uma das melhores postadas neste dia tão lúgubre, escrevo agora como fã e admiradora do homem, do ser humano que foi Saramago (acima de tudo questionador das atrocidades e absurdos do mundo) eu estou realmente bastante triste, mas divago e me vem a memória uma esperança de quem sabe, talvez Saramago tenha tido hoje aquele tão possível encontro (cafezinho…) com Deus que ele sempre duvidou que aconteceria…?!Quem sabe?!Alguém poderá um dia confirmar minhas divagações…?
A matéria a seguir foi publicada na Folha Online, pela correspondente EFE de Madri.
“Nossa única defesa contra a morte é o amor”, disse Saramago
DA EFE, EM MADRI
“Nossa única defesa contra a morte é o amor”, disse certa vez José Saramago, a quem não só o amor ajudou-o a combater essa morte que o levou hoje, aos 87 anos. Também colaboraram para isso os inúmeros romances escritos por ele ao longo de sua vida e que foram reconhecidos com o Prêmio Nobel em 1998.
De origem humilde, Saramago escolheu a literatura porque não gostava do mundo em que vivia. Seus romances abordam reflexões sobre alguns dos principais problemas do ser humano; fazem o leitor pensar, o estremecem e comovem. Seus personagens estão cheios de dignidade.
Nascido em 16 de novembro de 1922 em Azinhaga, uma aldeia do Ribatejo, Portugal, José de Sousa ficou mais conhecido pelo apelido de sua família paterna, Saramago, que o funcionário do Registro Civil acrescentou ao inscrevê-lo.



Quando tinha dois anos, sua família se transferiu para Lisboa, mas nunca rompeu seus laços com Azinhaga.

Embora tenha sido um aluno brilhante, teve de abandonar os estudos cedo porque sua família não dispunha de recursos para financiá-los.
Antes de dedicar-se totalmente à literatura e de se transformar em um dos grandes romancistas do século 20, Saramago trabalhou como serralheiro, mecânico, editor e jornalista. Foi diretor-adjunto do “Diário de Notícias”, de Lisboa.
Mas seu maior sonho era ser escritor. Em 1947, publicou seu primeiro romance, “Terra do Pecado”. Nessa mesma época avivou dentro dele a consciência política que sempre o acompanhou e que levou a filiar-se em 1969 ao Partido Comunista Português.
Após um silêncio de quase 20 anos, nos quais esteve sem publicar porque justificava que não tinha “nada a dizer”, Saramago passeou pela poesia entre 1966 e 1975 e escreveu “Os Poemas Possíveis”, “Provavelmente Alegria” e “O Ano de 1993″.
Como disse à agência de notícias Efe quando Alfaguara, sua editora espanhola, publicou “Poesia completa”, em 2005, ele nunca foi “um poeta genial” nem “um grande poeta”. Apenas se considerava “um bom poeta”.



Em 1977, veio a luz o romance “Manual de Pintura e Caligrafia”, ao qual seguiu o livro de contos “Objeto Quase” (1978) e a obra teatral “A Noite” (1979).
Nos anos 80, voltou ao teatro com “Que Farei com Este Livro?” (1980), o relato “Alçado do Solo” (1980-Prêmio Cidade de Lisboa) e o livro de viagens “Viagem a Portugal” (1981).
Com essas obras, Saramago já tinha construído as bases da sua trajetória. Mas foi em 1982 que ganhou fama mundial com “Memorial do Convento” que lhe valeu o Prêmio do PEN Clube Português, distinção que voltou a receber em 1984 com “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, também reconhecido com o Prêmio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus.
A partir daí seu prestígio foi se consolidando com títulos como “A Jangada de Pedra” (1986), levada ao cinema em 2002 pelo diretor holandês George Sluizer e a peça teatral “A Segunda Vida de Francisco de Assis” (1987); e “História do Cerco de Lisboa” (1989).
Em 1991, publicou o romance “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, muito criticado pelo Vaticano e objeto de um polêmico veto em 1992, quando foi retirado da lista de candidatas ao Prêmio Literário Europeu para o qual tinha sido selecionado por um júri do PEN Clube de Portugal e a Associação de Críticos literários portugueses. Apesar de tudo, esta obra recebeu o prestigioso Prêmio da Associação de Escritores de Portugal (1992).
Esse último ano obteve o Prêmio Internacional Flaiano de Literatura com seu romance “Uma Terra Chamada Alentejo”.
Os problemas que teve em Portugal o levaram em 1993 a transferir sua residência à Espanha, concretamente à ilha canária de Lanzarote, acompanhado por sua segunda mulher, a jornalista espanhola Pilar del Río, tradutora do escritor.
Após publicar sua quarta obra de teatro, “In Nomine Dei” (Grande Prêmio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores), entrou a fazer parte do Parlamento Internacional de Escritores.
O ano 1995 foi especial para ele, com a obtenção do Prêmio Camões ao conjunto de sua obra e a publicação do “Ensaio sobre a Cegueira”, primeira obra de sua trilogia sobre a identidade do indivíduo, que continuou com “Todos os nomes” (1998) e fechou com “Ensaio sobre a lucidez” (2004).
O primeiro volume da trilogia foi levado ao cinema em 2008 pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles, que no Brasil ganhou o mesmo nome do título original, “Ensaio sobre a Cegueira”.
Seus inegáveis méritos como romancista foram finalmente reconhecidos em 1998 com o Prêmio Nobel de Literatura, concedido por ter criado uma obra na qual “mediante parábolas sustentadas com imaginação, compaixão e ironia, nos permite continuamente captar uma realidade fugitiva”.
Nos últimos anos, Saramago não deixou passar muito tempo entre um romance e outro. Era consciente de sua idade e, como disse à agência Efe em entrevista, tinha “ainda algo para dizer”, e o melhor é que o dissesse “o mais rápido possível”.
Embora também dizia que “chegará o dia em que se acabarão as ideias, e nada iria ocorrer”.
Fruto dessa urgência escreveu os romances “A Caverna” (2000); “O Homem Duplicado” (2002); “As Intermitências da Morte” (2005); “As Pequenas Memórias” (2006); “A Viagem do Elefante” (2008); e “Caim” (2009), seu último romance.
Entre suas obras figuram também os autobiográficos “Cadernos de Lanzarote”.
Saramago era consciente do poder que tinha a internet para divulgar qualquer ideia, e em setembro de 2008 criou um blog, intitulado “O Caderno”. Foi “um espaço pessoal na página infinita de internet”, segundo suas palavras.
A morte o surpreendeu quando preparava um romance sobre a indústria do armamento e a ausência de greves neste setor, ou pelo menos essa era a ideia que queria desenvolver, como disse quando apresentou “Caim” em novembro de 2009.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Viciada em Austen...

Visitando o Jane Austen Club, encontrei um post sobre sinais de vício em Jane Austen. Muito interessante e divertido, a Adriana Zardini, conversou com a autora  Laurie Veira Rigler, que escreveu o livro 'Confessions of a Jane Austen Addict,e traduziu o texto como 'Sinais de Vício". Particularmente, achei a minha cara...Segue o texto retirado do Jane Austen Club:

Sou viciada em Jane Austen - Sinais do vício

* Você se reconhece em alguma destas situações? Se afirmativo, então é hora de revelar!
* Você se esquece de pegar as roupas na lavanderia, mas consegue recitar de cor e salteado a carta do Capitão Wentworth’s para Anne Eliot.

* Seus amigos carregam fotos dos filhos e outras coisas significantes na carteira, enquanto no seu celular tem uma imagem do Colin Firth como Mr. Darcy (ou Matthew MacFadyen, dependendo do seu gosto pessoal).
* Se sua casa está em chamas, você deixa para trás o álbum de fotos da família e seu computador, mas salva sua bonequinha da Jane Austen, a camiseta do Mr. Darcy e o mapa de Bath.

* Enquanto seus amigos fantasiavam sobre o possível vencedor da Copa de 2006, o seu desejo era estar no encontro anual da Jane Austen Society em Tuscon. Contextualizando para as fãs do Brasil: enquanto seus amigos fantasiavam sobre a copa de 2006, você não via a hora de encontrar suas amigas virtuais no próximo orkontro regional.
* Você está com coisas atrasadas no trabalho, escola, organização da casa (complete o espaço em branco de acordo com a sua situação) porque gasta mais da metade do dia visitando os fóruns sobre Jane Austen discutindo se Fanny Price é o exemplo de moral em Mansfield Park ou se é mais chata personagem da história literária.

* Você gasta a outra metade do seu dia nos fóruns discutindo quem é o Mr. Darcy mais bonitão: Colin Firth ou Matthew MacFadyen.
* O ideal de riqueza dos seus amigos é uma casa nas montanhas de Hollywood. Você daria tudo pela primeira edição de Orgulho e Preconceito ou pelo menos uma edição de capa em couro. Falando sério… qualquer uma de nós ficaria feliz da vida com a coleção da Cambridge.
* Você está em uma multidão, numa boate irritante e alguém lhe convida para dançar, você logo responde: “num lugar como esse, seria insuportável” (referência à fala de Mr. Darcy: “At an assembly such as this, it would be insupportable”).

* Você é propenso a fazer citações de romances e filmes, na maioria das vezes fora do contexto (veja citação acima).
* Para seus amigos fazer alguma atividade física significa caminhar ou praticar yoga. Para você é fazer aulas de dança típica da Inglaterra. Quer dizer, se pudesse arrumaria alguém para ir junto com você!

* Sua melhor amiga pensa que você está de brincadeira, apesar de ter visto a última versão de Orgulho e Preconceito duas vezes. Ela, diferente de você, não tem nenhum problema para separar ficção da realidade.

* O seu amado lhe diz que encontraria sua marca favorita facilmente na lojinha mais próxima (com certeza ele não acertará) e acha um absurdo ter que andar de loja em loja porque acha desagradável.
* Você tem apelidos secretos baseados nos personagens de Austen para pessoas importantes em sua vida. Até batiza os animais de estimação em homenagem a um dos personagens. O seu chefe, por exemplo, é o Sr. Noris (referência a tia de Fanny em Mansfield Park). A gata de Laurie se chama Georgiana, em homenagem à irmã de Darcy. Seu marido é o Capitão Harville sempre que ele resolve mexer na caixa de ferramentas, constrói uma prateleira ou pendura um quadro. (E ainda por cima, ele tem que referir-se desse modo também, apesar de nunca ter lido persuasão).

* Você julga os atores e suas respectivas atuações nas adaptações para o cinema e TV dos livros de Austen. Por exemplo, Laurie achou bastante desagradável lembrar-se de Persuasão (1995) quando viu o Ciaran Hinds fazer o papel de um pedófilo na série Prime Suspect series. Captain Wentworth nunca faria tal coisa, ela fez uma tempestade em um copo d’água e logo desligou o DVD. Que vergonha!!

*Por favor, envie seus sinais de vício em Jane Austen! Postarei os meus favoritos aqui no blog! Mas espere, tem mais… amanhã farei um post sobre o artigo de Jeanne Kiefer.
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Este post é de direito autoral de Adriana Sales Zardini e Laurie Veira Rigler, se for citar a tradução favor linkar este blog e/ou fazer citação, como abaixo:
ZARDINI, A.S.; RIGLER, L. V. Sou viciada em Jane Austen. Disponível em: www.janeaustenclub.blogspot.com Acessado em: (coloque a data)