4. Violeta Branca
A primeira mulher a ingressar numa Academia Brasileira de Letras em
1937, Violeta Branca nasceu em Manaus em 15 de setembro de 1915 e faleceu em 7
de outubro de 2000.
Quando
Violeta publicou seu primeiro livro Ritmos
de inquieta alegria, em 1935, tinha apenas 19 anos e não imaginava o quanto
surpreenderia a crítica pela ousadia, pelo lirismo e pelas características
modernistas agregadas a um espírito de inquieta juventude em seus poemas.
Logo
após se casar, Violeta Branca foi para o Rio de Janeiro e a partir daí passou
mais de 40 anos sem uma nova publicação. Nos anos 80, publicou seu segundo
livro – Reencontros, que
não apresentou nenhuma novidade literária.
Embora
tenha ficado afastada do meio cultural por um longo tempo, nossa poeta abriu
caminhos para a inserção da mulher no meio literário.
5. Márcio Souza
Destaca-se também como cineasta, ensaísta e dramaturgo. Seu primeiro romance, Galvez, Imperador do Acre foi um
enorme sucesso de crítica e de vendas, logo se tornando um fenômeno internacional.
Permaneceu durante meses na lista dos mais vendidos, tendo-se tornado unanimidade
até na crítica.
Os livros desse romancista incorporam o lado
teórico do cientista social, da antropologia e estão fundamentados em
detalhadas pesquisas históricas. Publicou também em folhetins, no
jornal Folha de S. Paulo, o romance A Resistível Ascensão do Boto
Tucuxi, entre 1981 e 1982.
Algumas de suas obras já se tornaram
minisséries de televisão, como Mad Maria e Galvez (com o nome Amazônia). O autor sempre participa de eventos literários
e como está à frente do Teatro Experimental do SESC em Manaus, é possível vê-lo
por lá.
6. Milton Hatoum
Milton
Hatoum nasceu em Manaus, no dia
19 de agosto de 1952. É escritor, tradutor e
professor. Hatoum é considerado um dos grandes escritores vivos do Brasil e um
dos mais lidos no exterior atualmente.
Escreveu quatro romances: Relato de um Certo Oriente, Dois
Irmãos, Cinzas do Norte (esse último vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura e
todos os três primeiros ganhadores do Prêmio Jabuti de
melhor romance) e Órfãos do Eldorado.
Seus livros já
venderam mais de 200 mil exemplares no Brasil e foram traduzidos em oito países, como
a Itália, os Estados Unidos, a França e
a Espanha.
Hatoum costuma abordar em suas obras falar de
lares desestruturados com uma leve tendência política. Em suas duas últimas
obras, Dois Irmãos e Cinzas do Norte, Milton Hatoum fez uma
sutil crítica ao regime
militar brasileiro.
O autor não mora em Manaus, mas quando é
convidado, sempre marca presença nos eventos literários da capital. Seus livros
podem ser encotrados em qualquer livraria da cidade e até mesmo do mundo.
7. Tenório Telles
Tenório Telles nasceu no dia 2 de setembro de
1963, às margens do rio Purus, numa localidade chamada São Tomé. É licenciado
em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do
Amazonas, onde também se bacharelou em Direito. Porém, foi sua paixão pela
literatura que o fez trilhar os caminhos da poesia, da dramaturgia, da crítica
literária, do magistério e do trabalho de “semeador de livros”.
Primeiros
fragmentos,
sua primeira obra, de produção independente, foi publicado em 1988. Em seus versos iniciais já se esboçava seu
comprometimento social em questionar a realidade da condição humana num meio
que oprime o ser humano e o afasta de suas raízes e de seus sonhos.
Tenório Telles resume toda uma nova geração
de poetas amazonenses que influenciaram e influenciam cada vez mais jovens
leitores. Por muito tempo, foi possível ter acesso ao autor, mas infelizmente,
ele já não mora mais em Manaus, mas deixou semeado na capital o amor pelos
livros, pela leitura e pela literatura. Suas obras e feitos podem ser
conferidos na Livraria Valer, onde foi editor por cerca de quinze anos.
Em breve, mais um roteiro literário.
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