Como
seria bom viver na época dos grandes clássicos do cinema, quando ainda se
produzia filmes em preto e branco e os atores eram artistas por excelência; a
música, a história, os diálogos, tudo era uma verdadeira Obra-de-arte. Não é
difícil imaginar o quanto isso faz falta na vida de uma garota que adora o
passado e praticamente o revive quase todos os dias desde os 12 anos.
Cinema
é viver no passado e pensar no futuro. Chaplin, Leigh, Gable, Barbra, Audrey,
Bogart, Ferrer, Peck, Bergman, Astaire, Allen e tantos outros são o meu vínculo
com a sétima arte. Posso dizer que os filmes que assisti desses artistas, me
trouxeram uma nova visão de mundo, pois foi preciso senti-los e não apenas
observá-los. Neles há uma necessidade incontrolável de vivenciar aquela
realidade ou mesmo apenas uma cena, que muitas vezes é mais parecida com a vida
do que se imagina.
Acima
de qualquer outro, preciso citar três obras-primas as quais sempre me emocionam
bastante. E o vento levou é a primeira
delas, considerado o clássico de todos os tempos, lembra a história da minha
família, cuja heroína, ou melhor, anti-heroína, Scarlett O’Hara é praticamente
a minha avó. O segundo é Funny Girl, da Barbra Streisand, com belas canções,
que me remetem aos grandes musicais da Broadway e diálogos dramáticos que tanto
me fascinam e por último, Bonequinha de Luxo, com Audrey Hepburn, no qual há toda
uma sutileza na trama, mostrando a fuga da realidade da protagonista.
Mesmo
os clássicos regendo essa vida que vos fala, não devo me esquecer dos demais, nem
tão antigos e nem tão recentes, como os filmes dirigidos pelo Tim Burton, Peter
Jackson, Scorsese, Ang Lee, além dos roteiros do Charlie
Kaufman. Lembrando também das inesquecíveis aventuras e batalhas que marcaram a
minha infância como: De volta para futuro, Karatê Kid e Guerra nas Estrelas,
este último até me rendeu um prêmio de melhor Crônica em Jornalismo Opinativo,
no Intercom em 2012.
Além
disso, outra coisa me encanta e conecta a essa arte: a transposição da Literatura
para as telonas, como por exemplo, os filmes baseados nas obras da escritora
inglesa Jane Austen (represento a JASBRA - Jane Austen Sociedade do Brasil no
Amazonas), Shakespeare, Oscar Wilde, Machado de Assis, entre outros.
Para
se classificar um filme, nem sempre é necessário ser um profundo conhecedor do
audiovisual, mas cursei duas disciplinas de Cinema e Literatura Francesa, nas
quais aprendi o essencial sobre esses filmes. No meu blog “Primeiras Impressões”,
onde escrevo sobre tudo, desde Literatura até pensamentos do dia-a-dia, tem uma
resenha do filme “O ano passado em Marienbad”, clássico de Resnais e roteiro de
Allan Robbe-Grillet que exemplifica muito bem a minha
relação com os clássicos franceses.
A
questão nostálgica de querer viver num tempo, que não é o seu, realmente é o
que mais me seduz no cinema. Essa contemplação dos filmes na minha vida funciona
de uma forma simples, dinâmica e ao mesmo tempo genial, repleta de romances,
aventuras e literalmente, clássicos. É quase inexplicável a magia que tenho com
eles: Faz parte de mim, do que eu sou e do que eu quero.
*Esse texto foi produzido para meu ingresso num site de cinema, espero que gostem.
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