quinta-feira, 31 de maio de 2012

Agora é a vez da chuva...

Quando pensamos que já vimos e ouvimos de tudo, eis que surge algo que nos prova o contrário. Sabemos que a chuva é fundamental para nosso planeta, mas esse fenômeno climático agora passou a ser uma nova desculpa para não concluírem as instalações das defensas da Ponte do Rio Negro.
Tudo bem que realmente muita chuva atrapalha o trabalho de qualquer obra, porém essas defensas já deveriam ter sido entregues no mês passado. Sendo que a função delas é importantíssima para proteção dos pilares da ponte contra possíveis choques de embarcações. E esse motivo deveria ser mais que o suficiente para finalizar essa instalação o quanto antes.
O interessante é saber que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) considerou como abaixo do normal o volume de chuvas do mês de março então, entende- se que a empresa Estalaria Rio Negro (ERIN) poderia ter concluído as 12 balsas de proteção como contratado. O que faltou então? Falta de vontade, pois de dinheiro não foi.
Só estas defensas, custaram aos cofres públicos (leia-se: bolso da população) cerca de R$67 milhões. Lembrando que a Ponte em si, custou o equivalente a R$1 bilhão. Com tanto dinheiro, deveriam ter se programado melhor. Por isso nada justifica a mudanças de prazos para desfecho das mesmas.
Atrasos para a entrega de obras (portos e afins) já não são uma grande novidade em quase todo território nacional e no Estado do Amazonas, infelizmente, não seria diferente. Só em 2011, deveriam ser entregues 15 portos à população amazonense.
Sem comprometimento das autoridades responsáveis, esses contratempos  prejudicam a continuação ou implementação de novas obras. O projeto da Ponte Rio Negro deveria estar finalizado, mas somente com a instalação dessas defensas isso acontecerá. Agora é esperar e cobrar de novo para ver se essa ponte terá as devidas proteções.

*Editorial produzido para disciplina de Jornalismo Especializado.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Uma criatura mui particular - rápida confissão...



Cada vez que leio Dom Casmurro me sinto mais parecida com a Capitu...Faz parte de mim, do que eu sou e do que acredito...Comecei hoje a minha quarta leitura e dessa vez a editora é a saraiva de bolso...isso é tão curioso, porque além de me divertir, pois é um momento de lazer e prazer que tenho ao reler esta obra do maior entre os maiores de todos os escritores brasileiros- Machado de Assis, volto a me encantar com a riqueza das perspectivas e escrita do autor.

"As curiosidades de Capitu dão para um Capítulo. Eram de várias espécies, explicáveis e inexplicáveis, assim úteis como inúteis, umas graves, outras frívolas; gostava de saber tudo."

Um vez dissertei numa avaliação no curso de Letras na UFAM que o Bentinho precisava de tratamento, porque ele era mimado chato e muito ciumento e ainda reforçava a história do livro da Helen Caldwell, na qual ela afirma que o Dom Casmurro era o nosso Otelo(Shakespeare). Minha professora corrigiu a avaliação na hora e disse que eu tenho uma opinião bastante segura a respeito disso e que poderia fazer uma dissertação, pois os argumentos eram tao bons que parecia que eu era a própria Capitu....isso nunca mais me saiu da cabeça...olha que já me achava parecida com a anti-heroína, sim, ela é uma anti-heroína , não é mocinha de novela e nem romântica, muito menos chata...era mulher, mulher de verdade desde cedo aprendeu o que era preciso e lutou pelo que quis.

"Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular..."

Aqueles olhos de ressaca que tanto perturbaram Bentinho, também deixaram inquietos meu ex-ex boyfriend, isso mesmo, segundo ele, uma comparação exata e poética era pouco para explicar o que foram aqueles olhos, ou melhor, no caso, os meus olhos... nunca esqueci disso. 
Na questão da traição ou não, não tem o que discutir, mulher como ela, não precisava disso. O fato é que o marido era ciumento, sem segurança e sem confiança e isso acabou com relacionamento. Claro que na minha futura dissertação os argumentos serão estes, mas com maior profundidade e também outros, pois a cada nova leitura percebo o quanto posso melhorar para defender o que acredito, tanto da obra quanto na vida.
A vida é realmente uma ópera, então apreciem o espetáculo, pois essa é apenas uma leve confissão de partes do meu passado que compartilho neste blog, neste post em especial, pois é um post pessoal.  Este é o meu lugar, meu mundo e meu xodó. Até mais!



Um filme para o mundo ver: Todos os homens do Presidente


Uma aula completa para qualquer estudante de jornalismo, Todos os Homens do Presidente é um filme de gênero drama excelente, coerente e fiel à realidade, tendo o caso Watergate como pano de fundo, dirigido por de Alan J. Pakula, baseado no livro de Bob Woodward e Carl Bernstein, protagonizado pelo galã Robert Redford e o astro Dustin Hoffman.
            Quem poderia imaginar que o trabalho de dois jornalistas diferentemente insistentes e dedicados, investigando um caso de arrombamento, poderia tirar do poder um dos presidentes mais populares dos Estados Unidos?
Robert Redford comprou os direitos cinematográficos da obra dos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein que narra às investigações promovidas pelos dois repórteres antes mesmo de ser publicado. No entanto, por envolver uma enorme quantidade de pessoas e detalhes, um caso desse gênero parecia impossível de ser retratado em filme.
A conturbada saga verídica vivenciada por dois repórteres do Washington Post enquanto cobriam o caso Watergate, em 1972, foi lançada apenas quatro anos após o fato. Um período curto ainda mais se levarmos em conta a magnitude do escândalo: a renúncia do presidente. O filme ganhou quatro prêmios em 1976.
Robert Redford cercou a produção de cuidados para garantir a verossimilhança do projeto. Uma curiosidade é que foi construída em Los Angeles para servir de cenário, uma cópia exata da redação do Washington Post.
A direção segura e audácia de Alan J. Pakula, mesmo diretor de “O Dossiê Pelicano”, com assuntos relacionados à política, faz do longa um verdadeiro manual de procedimentos para a prática do Jornalismo investigativo.
O filme é repleto de detalhes e discute técnicas de reportagem, abordagem de testemunhas, ética e todos os aspectos do que significa ser um repórter e algumas vezes mostra até o lado ruim da profissão, como os momentos de tédio, de espera quase infinita e ainda o paciente e fascinante trabalho de conquistar a confiança de uma fonte.
Dustin Hoffman e Robert Redford, no papel de Carl Bernstein e Bob Woodward respectivamente, fizeram uma atuação memorável que rendeu indicação ao BAFTA para Dustin Hofman de Melhor Ator. A química entre Redford e Hoffman é perfeita, são um dos grandes nomes de atores da década de 70.
Todos os Homens do Presidente é um ótimo filme sobre a atividade jornalística, com suspense e bem conduzido. Quem tiver paciência para encarar a dificuldade inicial vai chegar até o final do filme, que criativamente termina quando Nixon é reeleito para o segundo mandato, sendo o restante do caso narrado através de matérias datilografadas numa máquina na redação do jornal até a renúncia do presidente.