domingo, 7 de abril de 2013

SER Jornalista

Nesses quase dois anos exercendo a profissão, mesmo ainda não sendo formada (em breve - só no fim deste ano) aprendi que SER JORNALISTA, não é apenas estar à frente das câmeras ou mesmo escrever inúmeros textos. Ser Jornalista é sentir, pensar e acima de tudo trabalhar, pois mesmo com poucas palavras e algumas pequenas ações, esse profissional pode sim mudar a vida das pessoas e isso só me faz querer aprender mais, me especializar melhor e continuar prezando a verdade e a informação sempre. 

(...) escrever para um jornal é uma grande experiência que agora renovo, e ser jornalista, como fui, e como sou hoje, é uma grande profissão. O contato com o outro ser através da palavra escritas é uma glória.

CLARICE LISPECTOR - Jornal do Brasil, 20 de abril de 1968.





Todos os dias eu tento SER Jornalista, mas não é fácil. Ai de quem acha ou crê que é uma profissão com muito glamour ou apenas de status. Jornalista sofre, dia e noite, e tem que sofrer mesmo, por ter em mãos detalhes de informação que pode ou não destruir ou mudar uma vida. 

O cuidado com uma vírgula, um ponto, uma interrogação. Duvidar sempre, mesmo depois de ter escrito umas trezentas vezes e lido umas duzentas o seu próprio texto. Isso é o fazer jornalístico, isso é trabalho de cada dia. 
Engana-se aquele que acredita que é impossível SER Jornalista de corpo e alma, ao mesmo tempo que busca em outras profissões aprender mais e desenvolver melhor o seu papel frente a sociedade, mesmo ainda não sendo formado. 



Bendito é aquele que faz a diferença numa redação, seja ele, produtor, repórter, cinegrafista, fotógrafo, editor e afins. E acima de tudo, feliz é aquele que luta por essa profissão e acredita como a própria vida.
Feliz dia do Jornalista, em especial aos amigos que estão na luta para se formar e já estão na área...

terça-feira, 2 de abril de 2013

O Cinema Britânico e a sua New Wave


O Cinema Britânico e a sua New Wave

CHAMADA
O Reino Unido teve uma grande influência sobre o cinema moderno, principalmente entre o final da década de 1950 e o início da década de 1960, anos nos quais apresentou em tela o corpo e voz de personagens da classe operária. Assim como os Beatles – que ainda iriam explodir, filhos da mesma classe -, o cinema britânico trouxe um novo olhar e uma nova perspectiva à sétima arte.
Semelhante à Nouvelle Vague na França, o cinema inglês começou a tomar força inebriado por esses ares de renovação cinematográfica trazidos pelos franceses, unidos por uma vontade comum de transgredir as regras normalmente aceitas pelo cinema mais comercial, com vários novos cineastas apresentando algo de novo, de diferente ao cinema britânico. Nesse contexto surgiu a New Wave no Reino Unido.
A partir disso, o cinema britânico deixou de lado os documentários dos anos 1930 – do Movimento Documentarista Britânico de John Grierson, que abordavam o gênero de uma forma pioneira -, e ainda, dos anos 1940, começo da 2° Guerra, onde o inimigo era a Alemanha – algo que cedeu à indústria um propósito, uma história para contar, sendo Michael Powell e Emeric Pressburger cineastas protagonistas nesse movimento.
New Wave revelou cineastas como Tony Richardson, pertencente ao pequeno, porém precursor,Movimento Free Cinema, iniciado por alguns cineastas desiludidos na Grã-Bretanha da década de 1950 que lutavam para obter seu visto de trabalho. Fazia parte desse movimento Karel Reisz, um dos mestres na montagem que, no final dos anos 1950, acrescentaria essa nova estética e introduziria valores sociais nos filmes ingleses.
Já o diretor Jack Clayton, com o longa “Almas em Leilão”, de 1959, marcou o início de uma série de filmes realistas, cujos argumentos analisavam os problemas da classe trabalhadora. John Schlesinger e até o norte-americano Richard Lester (diretor dos dois filmes dos Beatles) também tiveram sucesso e uma boa repercussão dessa maneira, e em 1964, o cinema britânico conquistou um Oscar com Tony Richardson e o seu filme “As Aventuras de Tom Jones”, baseado num clássico da literatura de Henry Fielding.
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Antes mesmo de todo esse sucesso, a Inglaterra já tinha sido acusada, pelo próprio Truffaut inclusive, de não ser um país onde a cinematografia fosse forte ou até relevante, pois as maiores figuras inglesas do cinema – Charles Chaplin e Alfred Hitchcock – migraram para os Estados Unidos. Entretanto, de lá para cá muita coisa mudou e os recursos se modernizaram – embora os diretores britânicos Hitchcock e David Leanpermaneçam entre os mais aclamados de todos os tempos, juntamente com outros importantes nomes como Charles Chaplin, Michael Powell, Carol Reed e Ridley Scott.
O cinema britânico, algumas vezes negligenciado, vem ocupando um lugar intermediário entre a indústria comercial de Hollywood e o cinema europeu de qualidade, e continua a influenciar novas gerações. Por isso, o Instituto Britânico de Cinema (British Film Institute, sigla BFI) organizou uma votação para escolha dos 100 melhores filmes britânicos do século XX. Mil pessoas foram selecionadas entre produtores, diretores, escritores, atores, técnicos, acadêmicos, exibidores, distribuidores, executivos e críticos que fazem parte da elite cultural britânica.
Para os amantes da sétima arte, e para aqueles que gostariam de conhecer um pouco do cinema britânico, abordaremos em posteriores colunas dois longas que fazem parte da New Wave.